Encerrada a tradicional Festa de Maio 2025 em Iporá, a terça-feira, 27, foi marcada pelo início da limpeza do centro comercial da cidade, onde o evento foi realizado. Como já é comum após a desmontagem das barracas, o local ficou tomado por grande quantidade de lixo deixado pelos comerciantes.
Equipes da Prefeitura iniciaram logo cedo os trabalhos de varrição, coleta de resíduos e espera-se a lavagem das ruas. A expectativa é de que a limpeza seja concluída até o fim do dia, permitindo a retomada das atividades normais no comércio da região.
Festa em Iporá gera expectativas, movimenta comércio e é marcada por tranquilidade geral
Durante os dias de festa no centro comercial de Iporá, comerciantes locais e visitantes viveram dias de movimentação intensa, expectativas de vendas e avaliações diversas sobre a infraestrutura e os resultados do evento.
Um dos pontos destacados positivamente neste ano foi a melhoria na estrutura de limpeza e higiene, especialmente com a instalação de um número maior de banheiros químicos provisórios. Os equipamentos chamaram a atenção pela qualidade e manutenção: todos com abastecimento constante de água, papel toalha e outros materiais de higiene. Comerciantes estabelecidos na área destacaram que, em anos anteriores, havia reclamações quanto ao mau cheiro persistente no local após o evento, o que não se repetiu neste ano graças à higienização realizada pela Prefeitura.
Apesar da melhora na estrutura, comerciantes vindos de outras cidades relataram queda nas vendas em comparação com edições anteriores. Embora a Prefeitura ainda não tenha divulgado dados oficiais, estima-se, segundo relatos de barraqueiros, que o número de barracas tenha aumentado em cerca de 300 unidades em relação ao ano ado. O aumento da concorrência é apontado como uma das causas da redução no faturamento.
Outro ponto de debate foi o custo para participação no evento. Apesar de alguns reclamarem do valor da locação de espaços e do alvará emitido pela Prefeitura, muitos destacaram que os custos em Iporá ainda são inferiores aos de outras cidades. Para efeito de comparação: em Catalão, um espaço de 4 metros pode custar até R$ 10 mil; em Trindade, o valor médio é de R$ 8 mil. Em Iporá, os comerciantes relataram uma média abaixo de R$ 5 mil.
A presença de comerciantes locais entre os barraqueiros foi outro diferencial deste ano, ampliando as oportunidades para quem vive na cidade. Proprietária de uma loja de roupas no centro, uma comerciante avaliou como positiva a possibilidade de participar da festa também com barraca: “Foi uma chance de ampliar as vendas e alcançar novos públicos.”
A festa transcorreu de forma geral sem grandes incidentes. Um caso trágico foi registrado: durante a desmontagem das estruturas, uma pessoa sofreu um infarto fulminante. O socorro foi acionado, mas a vítima já estava sem vida ao ser atendida.
Outro episódio que repercutiu nas redes sociais envolveu uma confusão entre uma comerciante de Brasília e seu ex-companheiro, que participava do evento. A mulher, inconformada com a separação, causou alvoroço ao gritar contra o ex e sua nova parceira.
Apesar desses episódios pontuais, o clima geral foi considerado tranquilo. A Polícia Militar não divulgou balanço oficial de ocorrências, como tem sido prática nos últimos anos, mas a percepção entre os participantes foi de segurança e organização.
